O glaucoma é uma doença ocular que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e é uma das principais causas de cegueira.
A presença do glaucoma pode ser muito silenciosa, fazendo com que o paciente se mantenha assintomático até uma fase muito avançada da doença.
Embora o tratamento precoce possa ajudar a prevenir a perda de visão, ainda existem muitas dúvidas relacionadas sobre o glaucoma. Pretendemos esclarecê-las neste artigo para que possa estar informado/a e consciente dos riscos e medidas preventivas para evitar a progressão do glaucoma e preservar a sua visão.
O que é o glaucoma?
O glaucoma é uma doença ocular que provoca a danificação do nervo ótico, resultando na perda progressiva de visão ao longo do tempo.
Por ser uma doença silenciosa, manter a vigilância e uma rotina de acompanhamento da visão torna-se fundamental, principalmente a partir dos 35 anos, onde o glaucoma começa a ter mais incidência. A consulta de rotina de oftalmologia pode fazer a diferença para que o diagnóstico seja atempado e o tratamento eficaz.
O glaucoma pode ser classificado em quatro categorias: glaucoma de ângulo aberto (o mais comum), glaucoma de ângulo fechado (muito associado à pressão intraocular, provocando crises súbitas e dores agudas, geralmente, num dos olhos), glaucoma secundário (quando a doença deriva de uma outra patologia, não necessariamente oftálmica) e glaucoma congénito (hereditário e desenvolvido durante a gravidez.
No caso do glaucoma congénito, a intervenção deve ser imediata e uma consulta de oftalmologia pediátrica deve ser antecipada para o 1º ano de vida, com o objetivo de acompanhar a evolução da doença oftálmica).
Quais são os sinais de Glaucoma?
O glaucoma surge, em muitos casos, de forma assintomática até o diagnóstico já estar numa fase muito avançada, mas existem alguns sinais mais comuns para os quais poderá ficar atento/a.
7 sintomas comuns do glaucoma:
- Dores agudas nos olhos (ou em apenas um dos olhos);
- Dores de cabeça;
- Perdas repentinas de visão;
- Perdas de visão periférica ou lateral;
- Olhos vermelhos e inchados;
- Náuseas;
- Fotofobia (sensibilidade à luz).
Quais são as causas do glaucoma?
Embora a causa do glaucoma seja desconhecida, esta doença ocular está, muitas vezes, associada à pressão intraocular. No entanto, já existem diagnósticos de pacientes de glaucoma cujos valores da pressão intraocular se mantiveram sem alterações.
5 Fatores de risco para glaucoma:
- Lesões oculares
- Utilização prolongada de corticosesteroides
- Diabetes
- Miopia Alta
- Envelhecimento
- Hipertensão ocular
A partir dos 35 anos, será importante manter a vigilância e o despiste do glaucoma em consulta de rotina de oftalmologia.
Qual é a diferença entre glaucoma e hipertensão ocular?
O glaucoma e a hipertensão ocular são duas condições oculares diferentes, mas relacionadas.
A hipertensão ocular é caracterizada pelo aumento da pressão intraocular, ou seja, a pressão dentro do olho, enquanto o glaucoma é uma doença do nervo ótico que pode ser causada pela pressão intraocular elevada ou outros fatores.
Nem todas as pessoas com hipertensão ocular desenvolvem glaucoma, mas a pressão ocular elevada é um fator de risco para o desenvolvimento da doença. É importante salientar que apenas um/a oftalmologista pode fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento adequado para cada caso.
Saiba mais sobre hipertensão ocular em: Hipertensão ocular – a doença silenciosa
O glaucoma tem cura?
O glaucoma não tem cura, mas é possível controlar e estabilizar a pressão intraocular através de medicação para que a doença não evolua e a visão não fique mais comprometida.
Dependendo de determinados fatores e condições, sempre avaliados pelo/a oftalmologista, alguns casos de glaucoma podem justificar um tratamento cirúrgico a laser.
O controlo do estilo de vida e dos respetivos fatores de risco, como o controlo da diabetes por exemplo, também podem ajudar a retardar os efeitos da doença.
O tratamento do glaucoma deverá ser sempre individualizado e indicado pelo/a oftalmologista, de forma a garantir uma intervenção personalizada e eficaz.
Conte com o nosso corpo clínico de oftalmologistas para o/a ajudar em outras dúvidas ou questões particulares sobre o glaucoma que necessite esclarecer.